Hoje tive um
sonho. Um sonho bonito.
Sonhei que o
Benfica era campeão.
Melhor,
sonhei que era bi-campeão, coisa que não acontece desde 1984, ou seja, há
qualquer coisa como 28 anos.
Sonhei que
para o ano seríamos tri-campeões, coisa que já o fomos por 5 vezes, mas que não
acontece desde 1977, ou seja, há 35 anos.
Talvez um
dia pudéssemos ser tetra ou até penta e, isso sim, seria fazer história!
Sonhei com
um Benfica Campeão Europeu, coisa que nunca vi, talvez por ser um “garoto” a
caminho dos 44 anos e a última vez que tal aconteceu ter sido há 50 anos.
E, imagine-se,
como estranhos são os sonhos: jogávamos com uma equipa recheada de portugueses.
Sonhei que
os jogadores que eram mesmo para vir para o Benfica actuavam de encarnado e não
de azul e branco.
Vi o Falcão,
o James Rodríguez, o Álvaro Pereira e o Lisandro Lopez, vestindo o manto sagrado!
E que bem que lhes ficava!
No meu sonho,
o Benfica era dirigido por Benfiquistas e não estava cheio de lagartos,
dragões, carraças e outras espécies de animais que por lá populam.
Sonhei com
um Benfica limpo de todos aqueles que vivem à custa do clube e não estão lá
para o servirem.
Sonhei que o
Benfica tinha um Presidente que nunca tinha sido sócio de clubes rivais, que
nunca tinha festejado uma única derrota do Benfica e que não tinha ajudado a
tirar jogadores do Glorioso para outras paragens mais a norte.
Sonhei que
para se ser Presidente do Benfica a condição principal seria ser-se Benfiquista
e que qualquer um o poderia ser ao fim de 5 anos de sócio, como sempre foi, em
vez dos 25 anos que agora são necessários.
No meu sonho,
mais do que a antiguidade, para ser-se Presidente do maior clube português era
importante ter-se um registo criminal imaculado.
Sonhei que
se acabavam com as diferenças entre “Sócios Efectivos” e “Sócios
Correspondentes” e os sócios, em vez de serem apenas financiadores do Clube,
podiam, então, vivê-lo com toda a intensidade e participação.
E sonhei com
números, esses malditos que nada importam até passarem a ser a única coisa que
importa.
Sonhei que o
Presidente do Benfica que herdou um passivo de 100 milhões o tinha reduzido
para 50 em vez de o ter transformado em 500.
E depois
acordei...
Era um sonho
bonito, mas era um sonho que, para se tornar realidade, tem que ser sonhado por
muitos mais.
E reparei
que muitos Benfiquistas não tinham acordado do pesadelo em que vivem.
E pior...
Percebi que muitos Benfiquistas já se habituaram às derrotas e aos desgostos e
já não sabem o que é o verdadeiro Benfica nem sonham de que o Benfica é capaz.
Talvez um
dia também eles acordem... É que é o sonho que comanda a vida!
PS: A partir
de amanhã começo a dar as minhas sugestões para tentar tornar este sonho
realidade.
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